sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Inventário Fundo Profa. Diva F. Sgueglia

Finalizado o Inventário do Fundo Professora Diva Francisca Sgueglia. O inventário foi produzido por José Francisco Guelfi Campos, como parte do projeto de iniciação científica Organização do fundo Professora Diva Francisca Sgueglia, sob orientação da Profa. Dra. Ana Maria de Almeida Camargo, e financiado pela FAPESP.

O fundo faz parte do arquivo do Centro de Memória da Educação da FEUSP (CME-FEUSP) e é disponibilizado para pesquisa.


"Diva Francisca Sgueglia 
Nota biográfica 

Diva Francisca Sgueglia nasceu em São Paulo, em 4 de outubro de 1920. Trabalhou como escriturária e datilógrafa no Serviço de Assistência aos Psicopatas do Estado de São Paulo, até 1941, e na Escola Normal e Ginásio Estadual Domingos Faustino Sarmiento, até 1954, onde também frequentou o Curso de Formação do Professor Primário. Trabalhou ainda como radioatriz, redatora e apresentadora de programas de rádio, atividade que desempenhou de 1945 a 1958. 
Iniciou-se no magistério em 1955, no Grupo Escolar Senador Roberto Simonsen, em São Caetano do Sul. No ano seguinte, transferiu-se para o Grupo Escolar Dr. Edmundo Carvalho (Experimental da Lapa), onde lecionou e ocupou o cargo de vice-diretora até 1966, ano em que se aposentou como professora da escola pública e em que fundou o Externato Jaraguá, colégio particular do qual foi sócia e onde exerceu as funções de diretora e orientadora pedagógica até o ano de 1975. 
Em 1963, participou da fundação da Associação Paulista de Educação Pré-Primária, sendo eleita presidente da entidade, função que desempenhou até 1980. Ao longo de sua trajetória, Diva Sgueglia participou de diversos congressos no Brasil e no exterior, muitos dos quais também organizou, publicou artigos sobre educação infantil e livros didáticos. Sua obra O Jogo de Aprender foi publicada também na Itália. Na década de 1980, dedicou-se à alfabetização de jovens e adultos. 
Faleceu em São Paulo, em 25 de janeiro de 2005."


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Alunos da Pré-Iniciação Científica

Depoimentos e impressões dos alunos do ensino médio de escolas públicas que participaram da Pré-Iniciação Científica no CME-FEUSP em 2011/2012. Entrevista realizada por Rosana Bullara - jornalista CME-FEUSP.


“Conheci os processos de restauração e gostei muito, principalmente pelo restauro de madeira. Fui com minha família conhecer uma Fazenda em Botucatu e encontrei peças únicas que nossos filhos não vão conhecer, se não forem preservadas. 
Em 2011, fiquei em primeiro lugar na “Olimpíada de Geografia” realizada em São Paulo”. 
(Vanerléia de Oliveira Camargo, 16 anos)

“Gostei mais da parte em que trabalhamos com a higienização de materiais. Acho importante conhecer o que fez parte da História, o nosso passado, saber de onde viemos faz parte do nosso futuro. Foi muito importante conhecer a USP, desmistifica-la como algo inatingível. É um lugar aberto e gostoso de trabalhar.” 
(Érica Laura e Vasconcelos Lima Mota, 18 anos)

“Fiquei muito surpresa por fazer um curso na USP. Sabia que era bem conceituada. Só após um mês soube o que seria. Durante as oficinas mudei minha visão sobre o que era preservar. Antes, achava que era só passar um paninho com um pouquinho de lustra-móveis. Gostei do acervo do CME. Chamou muito a minha atenção o carinho que as pessoas tem com os livros e objetos antigos. 
(Bianca Menezes Dantas, 17 anos)

“Não conhecia a USP mas sabia que era uma Universidade renomada e isso me deixou bastante ansioso. O conhecimento me atrai e não são todos que tem oportunidade de fazer uma Pré-Iniciação Científica nela. Foi uma experiência alucinante. Percebi que a vida de um universitário não é só sentar e escutar, tem que ir atrás. Eu estudo porque tenho vontade. Abri meus olhos para o que quero na faculdade. Vou prestar vestibular na USP e penso em Gastronomia, pois é meu hobby e Jornalismo, porque gosto de ler e comentar. Leio todos os jornais que posso, a Folha de S. Paulo, o Metro... Prestei muita atenção nas palestras como a da Profa. Margarida, de Portugal e também as de conservação curativa. Não quero perder esse contato, quero ter um vínculo forte, ir atrás de outros cursos e estágios. 
(Raul da Silva Menezes, 16 anos)

“A Pré I C, para mim, foi uma aprendizagem muito diferente. O que mais me marcou foi saber como guardar materiais por mais tempo.” 
(Bianca Ramos Ferraz, 16 anos)

“O mais legal foi aprender a higienizar e guardar fotos de papel e documentos.” (Gabrielle Albuquerque Lemos do Nascimento, 17 anos)


“Outros alunos falavam bem da Pré I C. Diziam que tinha contato com as faculdades. Eu achei interessante. Aprendi a importância de guardar objetos, documentos, fotos que contam a História e, lá na frente, outras pessoas podem conhecer.”
(Tairine Vivian Diniz Gusmão Soares, 18 anos)

“Não tinha noção do que seria esse projeto. Com o tempo aprendi as técnicas de preservação de documentos, gostei muito e ganhei experiência. O que mais me surpreendeu foram as fotos antigas, os trajes, os brinquedos que aparecem nelas.” (Amanda Valesca da Silva, 18 anos)

“Quando a professora falou desse projeto, que seria na USP, logo me interessei pois sempre quis conhecer essa Universidade. O primeiro museu que conheci foi o MAE, o Museu de Arqueologia, que visitamos aqui.” 
(Viviane da Silva Paz, 17 anos)

“Quando cheguei na USP imaginava uma coisa e foi diferente. Pensava que era uma faculdade, tipo uma escola, não sabia que era uma “cidade”. O que mais gostei, de tudo que aprendi, foi a aula sobre conservação de madeira. Também me interessei pelo acondicionamento de fotos.” 
(Alila Teixeira Campos, 16 anos)

“Eu tinha muita vontade de conhecer a USP. Para mim, ela era a melhor do Brasil. Minha irmã sempre dizia. Ela fez Letras na PUC mas, sempre quis cursar a USP. O que mais me interessou foi como era feita a pesquisa sobre as coisas do passado, sobre como preservar a Memória. Eu quero ser historiadora. Também gosto de Ciências Sociais.” 
(Clarice do Nascimento, 19 anos)

“Vim para a Pré I C sem saber o que seria. Na escola sempre estudava a teoria. Aqui, entrei em contato com a prática, conhecendo os objetos e o tempo que eles tem. Assim é mais gostoso aprender. 
(Alessandra Camila dos Santos Silva, 18 anos)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Reportagem sobre o CME-FEUSP

Apesar de algumas imprecisões de datas (o CME foi  fundado em 1992) e ausência da informação sobre alguns pesquisadores que atuam no CME-FEUSP, segue reportagem na Agência Universitária de Notícias:
 
 
Centro de Memória trabalha na construção da história da educação brasileira
Por <!- Autor -->Ruan de Sousa Gabriel 08/07/2012

São Paulo (AUN - USP) - Quem visita a sala 40 do bloco B da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP) pode se assustar com a quantidade móveis antigos e animais empalhados que povoam o local. Ali funciona o Centro de Memória da Educação (CME). Os móveis e os animais empalhados são parte do acervo da Escola Moderna de São Paulo, instituição fundada e dirigida pelo educador anarquista João Penteado e fechada pelas autoridades em 1919. Todo o arquivo da escola foi doado ao CME por uma sobrinha-neta do fundador em março de 2005.
O Centro de Memória da Educação foi criado em 2003 por um grupo de professores da Faculdade de Educação interessados na produção de pesquisas sobre a história e a historiografia da educação. Entre os objetivos do Centro de Memória é a organização de acervos documentais e museológicos.
A coordenação do CME é formada por quatro professores. Cada departamento da Faculdade de Educação conta com pelo menos um de seus docentes na coordenação. Segundo a professora Carmen Sylvia Vidigal Moraes, uma das coordenadoras, esse tipo de gestão garante uma administração democrática e a manutenção do perfil interdisciplinar do Centro de Memória. Completam a equipe a jornalista e socióloga Rosana Bullara, a arquivista Iomar Zaia (pós-doutoranda) e a pesquisadora Fernanda Pedrinelli (mestranda).
O Centro de Memória da Educação auxilia escolas de ensino fundamental e médio a organizarem seu acervo documental, montando um espaço de preservação da memória que esteja ao alcance dos alunos e professore e possa, inclusive, ser integrado ao projeto pedagógico da escola.
Quando as diretorias solicitam a ajuda do Centro de Memória, as pesquisadoras vão até as escolas, realizam palestras e apresentam materiais como o “Arquivo Perdido”, jogo, criado por Iomar Zaia, que ensina as técnicas arquivísticas às crianças de maneira didática e divertida. Os professores também aprendem a dominar as técnicas arquivísticas e tratar o acervo escolar. “Ajudamos os professores a levantar a documentação, referenciá-la e construir um inventário”, explica Carmen, que conta que muitas escolas continuaram com a política de preservação da memória.
Além das fontes oficiais, os planos de aula, os relatórios dos professores, os cadernos dos alunos e as atas das reuniões escolares são levados em conta na investigação da história dos colégios. Um dos princípios do CME é, depois de organizado o acervo, jamais retirar os documentos das escolas onde foram produzidos.
Reescrevendo a história
De acordo com Carmen, o trabalho realizado no Centro de Memória tem ajudado a reescrever capítulos da história da educação. A partir das pesquisas realizadas nas Escolas Profissionais de São Paulo, fundadas no início do século 20, desconstruiu-se a crença de que tais instituições faziam parte de um projeto assistencialista. Segundo a professora, as escolas faziam parte de um projeto “burguês”, voltado para a formação de mão-de-obra especializada em atividades urbano-industriais.


 
 

Filme Partido - 70 anos da USP

O documentário Filme Partido apresenta uma pequena parte da história da Universidade de São Paulo. Resgatando cenas de alguns filmes produzidos no decorrer dos 70 anos na universidade, o documentário chama a atenção para a necessidade urgente da preservação de sua memória.
 

http://www.fau.usp.br/intermeios/pagina.php?id=51